“Sabia
que tinha tempo, e, nos dias particularmente parados, tinha tanto tempo que nem
sabia o que fazer com ele, problema que criava um risco maior do que eu estava
disposto a suportar. Senti isso de forma mais intensa nos primeiros dias de
existência da mercearia. Ali sozinho, atrás do balcão, era subitamente
assaltado pela consciência terrível e assustadora de que tudo que eu havia
amado estava perdido ou continuava a viver sem mim, a mais de dez mil
quilômetros de distância, e que tudo que eu possuía aqui não era uma vida, mas
uma substituição precariamente construída, feita de um tio, dois amigos, uma
loja soturna e um apartamentinho chinfrim” – MENGESTU, Dinaw. As Belas Coisas que é do Céu Contê-las.
Tradução de Maria Helena Rouanet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, pp. 57
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